Quando o Amor Chega - When Love Arrives - por Sarah Kay e Phil Kaye
- Wanne Ferreira
- 20 de jan. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de jan. de 2020
20,
Quando o amor chega por Sarah Kay e Phil Kaye
- Traduzido por Maira Zamproni, adaptado por mim
Eu sabia exatamente como era o amor - na sétima série.
Mesmo sem nunca tê-lo conhecido,
se o amor entra-se na minha sala,
eu o teria reconhecido à primeira vista.
O amor usava um colar de cânhamo.
Eu o teria reconhecido à primeira vista.
O amor usava uma trança francesa apertada.
O amor tocava violão e sabia todas as minhas músicas favoritas dos Beatles.
O amor não tinha medo de andar de ônibus comigo.
E eu sabia que devia só estar procurando nas salas de aula erradas,
devia estar só verificando os corredores errados,
Ele estava lá, eu tinha certeza disso.
Se eu pudesse encontrá-lo.
Mas quando o amor finalmente apareceu,
ele tinha um corte de cabelo tigelinha.
Ele usava as mesmas roupas todos os dias durante uma semana.
O amor odiava ônibus.
O amor não sabia nada sobre os Beatles.
Em vez disso, cada vez que eu tentava beijar o amor, os nossos dentes atrapalhavam.
O amor tornou-se a razão porque eu mentia para meus pais.
Eu vou na casa... do Ben.
O amor era péssimo dançarino, mas se certificava de que nós nunca perdêssemos uma música lenta.
O amor esperava ao lado do telefone, porque ele sabia que se seu pai atendesse seria, tipo: "Alô? Alô? Acho que desligaram." E o amor cresceu, esticado como um trampolim.
O amor mudou.
O amor desapareceu.
Lentamente, como dentes de bebê, levando consigo partes de mim de que eu pensei que precisasse.
O amor desapareceu como um mágico amador, e todos puderam ver o alçapão, menos eu.
Como um pneu furado, havia outros lugares onde eu planejava ir, mas meus planos não importavam.
O amor ficou longe durante anos, e quando finalmente reapareceu, eu quase não o reconheci.
O amor agora cheirava diferente, tinha olhos mais escuros,
Costas mais largas, o amor veio com sardas que eu não reconheci.
Novas marcas de nascença, uma voz mais suave.
Agora, havia novos padrões de sonhos, novos livros favoritos.
O amor tinha canções que o faziam lembrar de outra pessoa, canções que amor não gostava de ouvir.
Eu também.
Mas nós encontramos um banco do parque onde nos encaixávamos perfeitamente.
Encontramos piadas que nos faziam rir.
E agora, o amor me faz biscoitos de chocolate caseiros.
Mas o amor provavelmente vai acabar com a maior parte deles durante um lanchinho noturno.
O amor fica bem de lingerie, mas ainda gosta de usar aparelho móvel.
O amor é um motorista terrível, mas um grande navegador.
O amor sabe onde está indo, mas talvez leve umas duas horas a mais que o planejado para ele chegar lá.
O amor é mais confuso agora, não é tão simples.
O amor usa a expressão "peitos" na frente dos meus pais.
O amor faz barulho quando mastiga.
O amor deixa a pasta de dente destampada.
O amor usa rostos sorridentes em suas mensagens de texto.
E acaba que o amor também caga!
Mas o amor também chora.
E o amor vai te dizer que você é bonita e falar sério mais uma vez e de novo e de novo.
"Você está linda."
Quando você acabou de acordar, "você está linda".
Quando você esteve chorando, "você está linda ".
Quando você não quer ouvir, "você está linda ".
Quando você não acredita, "você está linda ".
Quando ninguém mais irá dizer, "você está linda ",
O amor ainda pensa que você é bonita.
Mas o amor não é perfeito e às vezes vai esquecer, quando você mais precisa ouvir, você é linda, não se esqueça disso.
O amor não é quem você estava esperando, o amor não é o que você pode prever.
Talvez o amor esteja em Nova York, dormindo,
Você está na Califórnia, Austrália, bem acordado.
Talvez o amor esteja sempre no fuso horário errado.
Talvez o amor não esteja pronto para você.
Talvez você não esteja pronto para o amor.
Talvez o amor só não seja do tipo que se casa.
Talvez na próxima vez em que você vir o amor seja vinte anos após o divórcio,
o amor está mais velho agora,
mas tão bonito quanto você se lembra.
Talvez o amor só fique por um mês.
Talvez o amor esteja lá para todos os fogos de artifício, a cada festa de aniversário, a cada visita ao hospital.
Talvez o amor permaneça.
Talvez o amor não possa.
Talvez o amor não deva.
O amor chega exatamente quando deve,
E parte exatamente quando precisa.
Quando o amor chegar, diga,
"Bem-vindo. Sinta-se em casa."
Se o amor se for, peça-lhe para deixar a porta aberta atrás dele,
Desligue a música, ouça o silêncio e sussurre,
"Obrigado pela visita."

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